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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Benefícios ambientais do biodiesel são questionados por cientista brasileiro


Luiza Caires
28/08/2008


Ainda é precipitado afirmar que o biodiesel é um combustível mais limpo que o petrodiesel (diesel combustível). "Nas condições brasileiras, o biodiesel é considerado menos poluente em alguns aspectos, e em outros mais. O metanol utilizado como reagente para sua produção pode ser um problema, pois utiliza o gás natural como matéria-prima, que é um combustível não-renovável", revela o engenheiro químico André Moreira de Camargo. Na Escola Politécnica da USP, o engenheiro fez um inventário do ciclo de vida do metanol, álcool usado como reagente no processo de produção do biodiesel.

Avaliação do ciclo de vida do biodiesel

A Avaliação do Ciclo de Vida (ACV) é uma ferramenta de gestão ambiental utilizada para determinar o impacto de determinado produto ou processo. A metodologia permite mapear o produto "do berço até o túmulo", calculando todo gasto de energia e poluição gerada desde a extração e processamento, passando pelo seu transporte, uso e destino final.

O estudo de Camargo é o primeiro a fazer esta análise sobre o ciclo de vida do metanol considerando as condições brasileiras. "Para realizar a ACV é necessário se ater às condições específicas do local onde o produto é feito, transportado e utilizado. No Brasil, por exemplo, a malha de transporte é basicamente rodoviária, então isto tem de ser levado em consideração nos cálculos de energia gasta e na poluição gerada quando utilizamos este meio de transporte", esclarece o pesquisador.

Metanol versus etanol

O inventário feito pelo pesquisador representa um primeiro passo para esclarecer esses pontos, mas ele ressalta que ainda é preciso fazer uma comparação do metanol com o mesmo tipo de estudo sobre o ciclo de vida do etanol nas condições apresentadas no Brasil, já que estudos feitos em outros países não traduzem corretamente a carga ambiental do combustível: matriz energética, condições de extração e transporte e a própria matéria-prima do etanol podem variar.

Aprimoramento dos estudos

Além disso, mesmo o ACV do metanol pode ser aperfeiçoado, modificando-se e ampliando-se o escopo contemplado nos cálculos. "O escopo corresponde aos fatores levados em consideração nos cálculos. Ele varia conforme o objetivo do estudo e as hipóteses consideradas pelo pesquisador, que deve utilizar seu bom senso. Devo avaliar se é importante incluir o impacto ambiental da produção do parafuso usado no equipamento de extração do gás, por exemplo, sempre lembrando que quanto mais extenso for este escopo, mais complexa ficará a ACV, e mais tempo levará para ser feita", explica.

Gestão ambiental

Avaliação do Ciclo de Vida é regulamentada por uma norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABTN) com o número NBR14040, derivada do ISO 14000, que especifica normas e metodologias de gestão ambiental. Apesar de a base de dados de ACV no Brasil ainda ser pequena, a tendência é que iniciativa privada e governo adotem cada vez mais esta metodologia, como têm feito algumas empresas. No âmbito da universidade, equipes como o Grupo de Prevenção da Poluição (GP2) da Poli estão se propondo a expandir esta base.

"A ACV é uma ferramenta que permite comparar produtos e serviços do ponto de vista ambiental, e estes estudos sempre podem ser ampliados e aperfeiçoados. Além disso, ela permite que se identifiquem os chamados 'gargalos de processos', indicando o que é preciso mudar para diminuir o impacto ambiental, seja com investimento em novas tecnologias ou mudanças na fonte energética usada", destaca o engenheiro.

FONTE:http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=beneficios-ambientais-do-biodiesel-sao-questionados-por-cientista-brasileiro&id=010125080828

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

ABAIXO ASSINADO

Abaixo-Assinado: PEDIDO DE APROVAÇÃO DA PEC 115-150/95, COLOCANDO OS BIOMAS CERRADO e CAATINGA COMO PATRIMÔNIO NACIONAL!:
Destinatário: Aos Excelentíssimos Senhores Deputados Federais e Senadores.

Desmatamentos, queimadas, carvão e monocultura. Estes são apenas algumas das causas da extinção dos Biomas Cerrado e Caatinga. Juntos ocupam 33,3% do território nacional, considerado um dos biomas mais antigos do planeta, com uma biodiversidade única, singular, sem igual em todo o mundo, pesquisadores do Instituto do Trópico Sub-Úmido da Universidade Católica de Goiás, alertar para o fato de que o Cerrado irá desaparecer em alguns anos. Talvez em 2030 já não exista resquício destes biomas.
Na revisão da Constituição Federal em 1988 foram reconhecidos como Patrimônio Nacional, ganhando leis de proteção, os biomas: Mata Atlântica, Zona Costeira, Pantanal e Amazônia.
Para corrigir esta injustiça, em 1995 foi apresentada a Proposta de Emenda Constitucional, pelo Deputado Federal Pedro Wilson (PT/GO), tornando o Cerrado e a Caatinga patrimônio nacional. Após 12 anos de espera, a Proposta de Emenda Constitucional 115/150/95, com algumas outras emendas anexadas, finalmente poderá ser votada. A participação e opinião de todos e todas independente da condição partidária, religiosa e ideológica é de fundamental importância. Assine e divulgue é muito rápido só acessar o link e preencher o cadastro, vamos cuidar da nossa casa.


http://www.abaixoassinado.org/assinaturas/assinar/908

sábado, 13 de setembro de 2008

Revista USP reflete sobre futuro das ciências exatas


Otimismo. Essa é a palavra de ordem da edição 76 da Revista USP, que fecha a série Pensando o Futuro – anteriormente foram publicadas edições sobre as áreas de humanidades e biológicas. “O dossiê trabalha muito com tecnologia, que é uma área que está em franca expansão. Antes, a gente pensava de 50 em 50 anos, e agora pensamos de ano em ano”, afirma o editor-chefe da revista, Francisco Costa.


Abordando temas como progresso técnico e economia, energia nuclear, nanociência, química e física, a revista mostra a importância do investimento em pesquisa. Quem assina um dos artigos é David Gross, ganhador do prêmio Nobel de Física de 2004. No texto, ele salienta a maneira adequada de conduzir essa necessidade, mostrando que não se pode achar importância maior na física experimental ou na teórica. Elas devem coexistir, sem divisões, para o bem da própria ciência.

Os textos apontam para a integração entre as ciências exatas e outras ciências, como a sociologia e a economia. Exemplos dessa integração estão, por exemplo, na utilização dos chamados combustíveis limpos, ou nas pesquisas que envolvam responsabilidade ambiental. Para o editor da Revista USP, isso é uma tendência, da qual o Brasil pode se tornar um dos principais protagonistas.


Apesar da euforia, Costa lembra que o Brasil ainda está muito atrás. “É evidente que os países desenvolvidos estão bem à frente da gente. Isso é um fato, não é de hoje. Não é nem do século passado. Seria fácil eu dizer que sou otimista”, diz o editor, “mas eu tenho medo de que só os países ricos tenham acesso a grandes descobertas. Mesmo assim, eu acho que existe a possibilidade de uma abertura para uma melhor distribuição de renda em âmbito mundial”. O jornalista enfatiza que o Brasil apresenta alguma evolução, o que se comprova com o aumento dos investimentos em tecnologia.


Fonte:http://www4.usp.br/index.php/institucional/14879-revista-usp-reflete-sobre-futuro-das-ciencias-exatas


O curso de Eng. Ambiental busca qualificar profissionais que consigam analisar a situação, calcular e gerenciar e/ou minimizar o problema proposto.

Sem dúvida, a era do conhecimento multidisciplinar tem proporcionado a nós futuros profissionais uma bagagem e uma visão mais abrangente.

Em favor do gerenciamento dos recursos naturais, esse conhecimento nos perpite uma maior percepção da situação e saber lidar com os problemas.