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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

O AR QUE RESPIRAMOS




“O ser humano tem interferido cada vez mais na composição da atmosfera do planeta, sem conhecer suas conseqüências ou desprezando em parte as que já são conhecidas”


Autor: Ana Tissato Alencar





Dentre as camadas que envolvem o planeta, a troposfera é a camada que está em contato com a superfície terrestre. É composta principalmente por gases, além de materiais sólidos como poeira, pólen, microorganismos e de líquidos, como gotículas de água na forma de nuvens, chuvas e neblinas.

O ar possui dimensões espaciais infinitas e sofre influência de ações antrópicas (causada pelo homem), modificando sua composição e estrutura.
Quando há lançamento de “materiais estranhos” na composição do ar chamamos de poluição do ar, caso do monóxido de carbono liberado pelos automóveis. O ar urbano contém traços destes materiais além de outros gases liberados em grandes quantidades, considerados contaminação do ar.

As fontes dessa poluição do ar são diversas, tanto urbanas como rurais. Nas cidades os maiores vilões são as indústrias e os automóveis que liberam gases como óxidos de enxofre, hidrocarbonetos, óxidos de nitrogênio, monóxido de carbono e outros. No meio rural é muito comum praticar queimadas nesse período de seca, junho a novembro, com o objetivo de preparar a terra para o plantio sendo alvo de grandes polêmicas, por ser uma pratica arcaica e ter alternativas para o mesmo fim, causa impactos ecológicos, destruição de vegetação, cercas, fios de alta tensão e provocar acidentes rodoviários, sendo neste caso considerado crime previsto nos artigos 14 e 15 da Lei 9.605 (Lei de Crimes Ambientais).

As queimadas liberam grandes quantidades de gases nocivos, o principal é o CO2, partículas como fuligem, contribuem para a mudança climática e o agravamento de doenças respiratórias. Junto com um conjunto de fatores naturais, tais como a baixa umidade, falta de chuvas características do inverno, topografia e a poluição atmosférica refletem no clima regional. O ciclo de desmatamento das matas, queimadas, liberação de carbono para a atmosfera contribuindo para o aquecimento global altera o clima regional e favorece para o clima seco, conseqüente ao retorno do ciclo, novas queimadas e mais emissão de CO2.

De acordo com o CPTEC/INPE, o estado de Goiás no dia 05/08/08 lançou 3779 t toneladas de CO, já no dia 21/08/08 foram 6150 toneladas, proveniente de queimadas e emissões industriais, um aumento considerável e a tendência é aumentar.
O cerrado está sendo drasticamente prejudicado com o desmatamento, sua área original passa de 2 milhões de km² , hoje representa possui apenas 20% do total.

O controle da poluição do ar atmosférico pode ser feito através de programas de planejamento, regulamentando as fontes geradoras de poluição e conscientização sobre as queimadas controladas. Buscando minimizar o problema, levando em consideração o estilo de vida regional e a qualidade do ar que desejamos ter. As atitudes devem partir do individual para o comunitário, cabe a cada um de nós fazer sua parte.


Referencias bibliográficas

1- ROCHA, Julio César; ROSA, André Henrique; CARDOSO, Arnaldo Alves; Introdução a Química Ambiental,2006; Bookman;
2- SEWLL, Granville Hardwick.Administração e controle da qualidade ambiental; CETESB.
3- www.cptec.inpe.br
4- http://www.conservation.org.br/arquivos/RelatDesmatamCerrado.pdf
5- www.embrapa.br

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

EFEITO ESFUTA E CRÉDITOS DE CARBONO

O Efeito Estufa , grosso modo, nada mais é que uma camada de gases ( GEEs) que envolve o Planeta Terra e impede a dissipação na atmosfera dos raios solares refletidos pela crosta terrestre.

Créditos de Carbono, são papéis , negociados em Bolsas especializadas, nos quais uma Empresa ( ou Associação, ou Pessoa Física ) vende à outra Empresa os gases (GEEs) que ela conseguiu neutralizar, ou “capturar” ou que ela ( A Empresa vendedoura) deixou de lançar na atmosfera.

Quais são estes gases ? São o CO2 ( Dióxido de Carbono), o Clorofluorcarbono ((CFCs), o Metano ( CH4) e o Dióxido de Nitrogênio ( N2O).

A atmosfera terrestre ( os primeiros 96 km ) são formados principalmente dos seguintes gases (GEEs): Nitrogênio ( N2) – 78,09%, Oxigênio (O2) com 20,95%; Argônio (0,93%) , Dióxido de Carbono (0,03%) e vários outros gases, em pequenas quantidades.

Segundo dados de pesquisas, os raios solares penetram na atmosfera, aquecendo a superfície terrestre e esta reflete radiação infravermelha térmica em todas as direções e são absorvidos pelo Dióxido de Carbono (CO2) e pelas moléculas de vapor dágua. Parte destes raios terminam por voltar á terra, mantendo uma temperatura média por volta de 15º Celsius.

Esta temperatura média é que garante a sobrevivência da espécie humana no nosso Planeta.

Então, o Efeito Estufa é benéfico?

. Grosso modo sim. Sem ele a temperatura média da Terra seria de vários graus abaixo de zero, inviabilizando qualquer chance de vida da maioria dos seres que hoje habitam o Planeta, tal qual conhecemos hoje.

O problema, é que a concentração dos chamados GEEs estão aumentando desmesuradamente,.

Estas concentrações viveram em equilíbrio por pelo menos 400.000 anos, com pequenas variações a partir da Revolução Industrial ( 1830/1850 ) para cá.

Através de medições em camadas de gelo, tem-se a certeza que até por volta de 1850, a quantidade destes GEEs era de 280 a 300 ppm ( Partes Por Milhão),e hoje já ficam em torno de 420 a 450 ppm, com previsões ( nada otimistas) que podem chegar a 1000 ppm lá no ano 2100.

Isto, dizem o cientistas podem provocar desastres , tais como o aumento da temperatura média em até 1,4º Celsius, o degelo das calotas polares, o aumento do nível dos oceanos, a irregularidade climática ( Frios intensos, ou calores intensos, temporais e secas fora da normalidade, ) favorecimento de algumas espécies que rapidamente se adaptam e desaparecimentos de outras tantas, e outras cositas mais...

E nós com isto?

Nós somos navegantes desta grande Nau ,e apesar de poucos de nós estarmos vivos em 2100, temos o compromisso moral de contribuirmos para deixarmos pelo menos, condições favoráveis de habitabilidade para nossos decendentes.

E uma das formas mais usadas atualmente, é o controle das emissões dos chamados GEEs.

Todos nós ,santos e pecadores, emitimos GEEs diariamente, mesmo que não queiramos.

Quando andamos de ônibus, emitimos C02, ; quando nos alimentamos, estamos contribuindo com o NH4, e o N20 utilizados nos fertilizantes e com o C02 emitido pela fumaça dos tratores , das queimadas, dos caminhões, e máquinas envolvidas no processo produtivo.

Até para escrever este artigo, estou emitindo CO2, pelo papel gasto, pela energia gasta, pelos móveis onde sento ( pois foram cortados serrados transportados e industrializados), até pelos minerais e resinas utilizados na confecção deste notebook.

Quanto mais desenvolvida é a sociedade , mais poluidora ela é, pois as exigências e utilizações de energia soa maiores.

Podemos reverter este quadro?

Podemos sim. O Homem, diz a Ciência, foi o animal que mais se adaptou ás mudanças, desde o seu aparecimento.

Os dinossauros desapareceram da face da terra após dominarem por muito tempo. Várias espécies de animais, aves, e vegetais desapareceram, com o decorrer das eras.

Um bom exemplo de que podemos ajudar a evitar esta possível catástrofe, é a subistituição do gás CFC nas geladeiras, freesers e aresóis por outros gases menos poluentes. Empresa nenhuma usa mais o CFC.

Outro exemplo que deve estar na sua garagem, é a substituição do carro à diesel e a gasolina por veículos flex , que podem substituir os combustíveis fósseis por combustíveis alternativos .

Os quatro maiores poluidores nos dias atuais são respectivamente, os Estados Unidos, (26% das emissões de GEEs); a Comunidade Econômica Euroéia (23%); a Rússia ( 9,0%) e a China (8,0%), totalizando 57% da emissões de GEEs poluentes lançadas diariamente na atmosfera.

O Brasil representa pouco mais de 2,0% das emissões de GEEs e deste percentual, 66,00% advém da indústria , da queima de combustíveis fósseis ( petróleo) e das queimadas em áreas de pastagens, lavouras, e matas.

A agricultura contribui com 20,0% desta poluição e as Mudanças no uso da Terra com mais 14,% .

Mesmo assim, podemos contribuir com a diminuição da emissão dos GEEs, e quando o fazemos, poderemos inclusive, ganhar dinheiro.

A Usina Jalles Machado, além de produzir álcool e açúcar, vende energia elétrica obtida com a queima do bagaço da cana. Esta produção de energia, gera para a Usina, três receitas : a venda direta da energia elétrica produzida, o crédito de carbono vendido à outra empresa (Estrangeira) e a receita ambiental, midiática , explorada com sucesso nas propagandas em jornais e tvs.

A Perdigão, também vende créditos de carbono, pois transforma os dejetos suínos em gás , através de biodigestores instalados nas granjas.

Outras Empresas brasileiras também assim o fazem. Estão contribuindo com a redução do efeito estufa, pois ao invés de tão somente queimarem a palha da cana, transformam-na em energia, e a produção de gás metano dos biodigestores instalados nas granjas, são reaproveitados na iluminação, no aquecimento das baias de leitões, nos fogões etc.

Os aterros sanitários, se bem manejados podem também contribuir com redução de GEEs.

E nós, individualmente, como podemos contribuir? Ao plantarmos uma árvore, ao separarmos nosso lixo, orgânico, inorgânico; Ao mandarmos parte de nosso lixo para a reciclagem, estaremos contribuindo. Se evitarmos queimadas, também estaremos reduzindo nossa cota de CO2 emitida. Se nós cobrarmos de nossos governantes atitudes proativas de reciclagem do lixo, com certeza estaremos também contribuindo.

Claro que a contribuição individual vale muito, porém vale mais como concientização do que como produção. São as indústrias, as fábricas, os grandes utilizadores de combustíveis fósseis, as grandes queimadas, a sociedade cada vez mais consumista , os governos que não interessam em controlar os GEEs emitidos, em nome da economia, ou da política é que devem mais ao meio ambiente.

O trabalho formiguinha de cada um, deve vir no sentido de formarmos uma opinião favorável à sobrevida do Planeta Terra, à sobrevivência dos animais, vegetais e até da sobrevivência da nossa própria espécie – O HOMEM .